Patronato

Jiu-jitsu na escola transforma realidade de crianças carentes em Santa Maria

Dandara Flores Aranguiz

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Respeito, disciplina e educação. Esses são os três princípios básicos ensinados aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Edy Maya Bertoia,no bairro Patronato, que participam de aulas de jiu-jitsu às terças e quintas-feiras.

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Ao todo, 24 crianças do 3º, 4º e 5º anos da escola, que moram nas vilas Renascença, Lídia, Arco-Íris, Noal e Natal, frequentam os tatames do projeto com a esperança de ir mais longe. Há dois anos, o projeto social coordenado pelo professor Marcone França Niederauer forma novos atletas e cidadãos.

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A ideia é fruto de uma parceria do professor e da escola, na tentativa de ajudar no comportamento e na aprendizagem dos alunos.

– No início, eram 16 crianças que tinham problemas sociais, na família e na escola. O resultado veio em alguns meses. Na sala de aula e em casa, temos notícias de que o comportamento deles mudou. O jiu-jitsu foi deixando os alunos mais calmos, tranquilos e humanos. Tenho certeza de que, daqui, sairão grandes campeões – diz Niederauer. 

Foto: Dandara Flores Aranguiz / Agência RBS

Álisson Franco da Silva eGuilherme Henrique de Castro Claro, de 11 anos, são a prova viva de que o esporte e a arte marcial podem fazer a diferença na vida das crianças. Ambos participam do projeto desde o início, há dois anos, e já progrediram bastante.

– Eu mudei. Era pior no colégio, não sabia ler. Daí, eu entrei no jiu-jitsu e tive mais concentração. Agora, eu sei ler – relata o pequeno Álisson, que é faixa amarela e já participou de três campeonatos, um deles em Santa Cruz do Sul.

– Aqui, a gente tem amigos. O professor ensina que a gente não pode fazer coisa errada. Eu só brigava na rua, agora, não, pois o professor disse que, assim, a gente só vai para o caminho ruim – conta Guilherme, que sonha em um dia ser professor de jiu-jitsu.

Para fazer parte do time, é preciso ter boas notas e manter o bom comportamento dentro e fora da escola.

– A diferença é muito nítida. Para quem começa, é uma brincadeira. Quem já está há mais tempo tem mais comprometimento e seriedade. No decorrer das aulas, a gente fala que eles têm de respeitar os colegas, professores, pais, amigos e o quimono que vestem – comenta André D¿Avila, um dos voluntários que auxiliam Niederauer nas aulas.

Para a diretora Eliane Ponte Gallina, a iniciativa surtiu efeito:

– Deu muito certo. Os professores não se cansam de elogiar a mudança que a maioria desses alunos teve. É um resgate na comunidade e que soma muito na escola, que faz a diferença mesmo. Todos querem seguir fazendo as aulas e, para isso, eles se esforçam se comportando, dando o exemplo na escola, na família e na comunidade – avalia.






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